Hoje foi conhecido o principal indicador da semana na agenda internacional. Pela manhã, nos EUA, a inflação ao consumidor (CPI) de junho surpreendeu ao recuar 0,1% na comparação mensal, quando era esperado avanço de 0,1%. Quanto ao núcleo, que exclui os itens voláteis, o avanço de 0,1% também foi menor que a expectativa de alta de 0,2%. Não obstante a isso, na leitura anual, a desaceleração esperada foi maior, com o índice ficando em 3%, quando as projeções apontavam para 3,1% – na última
leitura ficou em 3,3%. Embora o indicador reforce a percepção de que o Fed pode iniciar o corte de juros em setembro, no mercado acionário o desempenho dos principais índices foi de realização de lucros. Vale lembrar que ontem a fala de Jerome Powell, presidente do Banco Central norte-americano, já sinalizava que a flexibilização monetária pode começar mesmo antes da inflação convergir à meta, o que motivou a renovação das máximas na sessão da véspera. Ainda sobre CPI, na Alemanha o dado
também surpreendeu positivamente, com desaceleração para 2,2% em junho, ante 2,4% em maio, na leitura anualizada. Neste contexto, as bolsas europeias deram sequência às altas.
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Aqui no Brasil, foram conhecidos os dados de vendas no varejo de maio, e o nível recorde para o mês surpreendeu. Tanto no conceito restrito (alta de 1,2%), quanto no conceito ampliado (avanço de 0,8%), as altas contrariaram as expectativas de queda da atividade no período, o que sinalizou menor impacto das enchentes no Rio Grande do Sul do que o projetado. O indicador que coloca um viés positivo para revisões de PIB neste ano, não mostrou uma leitura clara para comportamento de juros, de forma que a curva futura mostrou avanço nos vencimentos curtos, mas continuidade da descompressão nos vencimentos médios e longos. Assim, o Ibovespa engatou a nona alta consecutiva, desta vez em um movimento mais convincente do que à véspera. Ao final da sessão o índice negociava aos 128.294 pontos com avanço de 0,85% e giro financeiro de R$ 19,7 bilhões. Contudo, o dólar se fortaleceu frente ao real e avançou 0,55% encerrando cotado a R$ 5,44.
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