
As preocupações diante da nova rodada de tarifas do presidente americano, Donald Trump, pesaram na busca por ativos de risco e levaram as bolsas de Nova York e da Europa para o campo negativo nesta sexta-feira (28), em meio também ao aumento nas expectativas deinflação e deterioração do sentimento do consumidor americano –segundo a pesquisa da Universidade de Michigan.
Esse ambiente de maior busca por ativos seguros ficou evidenciado pelo recuo dos rendimentos dos títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano (Treasuries) e a valorização do ouro. Além disso, após a leitura dos dados, a ferramenta de monitoramento do CME Group passou a apontar aumento das chances de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) em junho, estimadas agora em mais de 70%.
Por aqui, o Ibovespa finalmente acompanhou a dinâmica observada nas bolsas internacionais e recuou, em meio ao avanço do câmbio e dos juros futuros. Em paralelo, os dados do mercado de trabalho (CAGED) mostraram forte recuperação no primeiro bimestre do ano (criação de 432 mil vagas em fevereiro, contra estimativa de 227 mil), após sinais de fraqueza no final do ano passado –o que reforça a dificuldade que o Banco Central terá de levar a inflação para o centro da meta de 3%. Na sessão, o principal índice da B3 recuou 0,94%, aos 131.902 pontos, com giro financeiro de R$ 18,1 bilhões. No câmbio, o dólar avançou 0,15% frente ao real, cotado a R$ 5,76.
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