A expectativa de que os juros nos Estados Unidos permaneçam elevados por mais tempo – reforçada por um aumento maior que o esperado nas vendas do varejo do país – deu novo impulso aos rendimentos dos Treasuries nesta segunda-feira. O indicador dos EUA apontou alta de 0,7% em março sobre fevereiro, ante estimativa de 0,4% e após dado do mês anterior revisado para cima, de 0,6% para 0,9%.
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Desta forma, apesar do avanço observado durante a manhã em meio à leitura mais benigna sobre o episódio do fim de semana no Oriente Médio, os índices de Nova York encerraram o dia em nova queda. A menor probabilidade na escalada das tensões geopolíticas, inclusive, permitiu que o petróleo caísse na sessão, após renovar máximas em cinco meses dias atrás. Ainda entre as commodities, o minério de ferro teve nova alta nesta madrugada em Dalian, na China – desta vez de 2,18% – a partir de possíveis medidas de estímulo no país, além de um certo otimismo com a divulgação do PIB chinês do primeiro trimestre à noite.
Por aqui, em adição à influência exercida pelos Treasuries, os juros futuros dispararam após a confirmação da mudança da meta de resultado primário do próximo ano para 0% do PIB de 2025, ante meta anterior de 0,5%. Na B3, além do setor financeiro, as ações do varejo, construção civil e consumo também foram amplamente pressionadas, enquanto os ativos ligados à commodities contrabalancearam o movimento negativo, porém em magnitude insuficiente para evitar um recuo do Ibovespa. Nesta segunda-feira, o índice caiu 0,49% aos 125.334 pontos, com giro financeiro de R$ 27 bilhões. No câmbio, o dólar teve forte avanço de 1,25% frente ao real, cotado a R$ 5,19.
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