Os mercados externos iniciam a semana sem direção única, após a sequência de ganhos em Wall Street. Investidores reavaliam o ritmo de cortes do Federal Reserve, enquanto os rendimentos dos Treasuries seguem firmes e o dólar se mantém resiliente frente às principais moedas. O petróleo sustenta leve alta após a Opep+ confirmar aumento moderado de oferta em dezembro e sinalizar pausa nos acréscimos no primeiro trimestre de 2026 – movimento visto como tentativa de equilibrar preços diante da demanda global mais fraca. Bolsas europeias e americanas operam mistas, com destaque para o setor de tecnologia nos EUA, que sustenta parte do apetite por risco.
Por aqui, o Ibovespa rompe a marca simbólica dos 150 mil pontos, refletindo fluxo estrangeiro e expectativa pelo comunicado do Copom na quarta-feira (5). A manutenção da Selic em 15% é consenso, mas o mercado busca pistas sobre quando poderá começar o ciclo de cortes, diante do quadro de desinflação reforçado pelo Focus e pelo IPC-S. O real lidera ganhos entre emergentes, apoiado pelo diferencial de juros e pelo apetite por ativos locais, enquanto a curva dos DIs mostra leve abertura, acompanhando os Treasuries. Por volta das 14h, o Ibovespa subia 0,47%, aos 150.236 pontos, enquanto o dólar recuava 0,37%, cotado a R$ 5,36.
Entre as ações do Ibovespa, Petrobras (PETR3; PETR4) e bancos lideram os ganhos, sustentando o recorde do índice. As petroleiras reagem positivamente à decisão da Opep+ de conter a oferta no curto prazo, enquanto o setor financeiro atrai fluxo estrangeiro após resultados sólidos. Natura (NATU3) avança com aprovação da incorporação da Avon, e RD Saúde (RADL3) mantém viés positivo antes do balanço. Na ponta negativa, Marcopolo (POMO4) recua mais de 7% e Raízen (RAIZ4) segue pressionada por preocupações com alavancagem, mesmo após anúncio de reorganização societária. Mineração e siderurgia operam mistas, acompanhando a queda do minério na Ásia.
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