No exterior, os mercados operam com viés negativo, refletindo a cautela dos investidores diante da reabertura do governo norte-americano e da retomada da divulgação de indicadores econômicos. A alta dos rendimentos dos Treasuries e a realização de lucros em ações de tecnologia pressionam as bolsas em Nova York, enquanto o dólar perde força globalmente. O petróleo avança cerca de 1%, apoiado pela fraqueza da moeda americana e revisões sobre oferta e demanda, e o ouro devolve os ganhos acumulados pela manhã.
No Brasil, o Ibovespa acompanha o tom mais negativo do exterior, pressionado por balanços corporativos e dados fracos de atividade. A alta do petróleo e do minério de ferro ainda oferece algum suporte às ações de commodities, como Petrobras (PETR3; PETR4) e Vale (VALE3), enquanto os juros futuros curtos recuam após a queda inesperada nas vendas do varejo em setembro, que reforça sinais de perda de tração no consumo ao fim do trimestre, e leilão robusto de prefixados pelo Tesouro.
Por volta das 13h45, o Ibovespa tinha leve queda de 0,35%, aos 157.132 pontos, enquanto o dólar cedia 0,18% frente ao real, cotado a R$ 5,28.
Entre as ações que compõem o Ibovespa, balanços movimentam a sessão
A sessão é marcada por forte queda das ações da Hapvida (HAPV3), que despencam mais de 40% após resultados fracos e aumento da sinistralidade, gerando perda de R$ 7 bilhões em valor de mercado. Banco do Brasil (BBSA3) também recua, penalizado por provisões elevadas e revisão negativa de guidance. Em contrapartida, MRV (MRVE3) e Allos (ALOS3) lideram os ganhos com balanços acima do esperado, enquanto Petrobras (PETR3; PETR4) e Vale (VALE3) se beneficiam da alta das commodities. No setor financeiro, bancos privados avançam, contrastando com o desempenho do BB.
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