As bolsas europeias e parte dos índices de Nova York avançam nesta quarta-feira (12), apoiadas pelo otimismo com o fim da paralisação do governo americano e pela expectativa de falas do Federal Reserve. Em Wall Street, porém, o Nasdaq estende as perdas da véspera, refletindo ajustes em empresas de tecnologia, enquanto Dow Jones avança e S&P 500 opera próximo da estabilidade. Os rendimentos dos Treasuries recuam após o feriado, enquanto o dólar mostra resiliência frente às principais moedas. O petróleo amplia perdas, com Brent e WTI cedendo quase 3%, após a Opep revisar para cima a oferta global fora do grupo. Já o minério de ferro sustentou alta de 1,11% nesta madrugada em Dalian, favorecendo setores ligados.
Após 15 sessões consecutivas de alta, o Ibovespa recua em meio à queda do petróleo e à realização de lucros, agravada pelo vencimento de opções sobre o índice. As falas do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, foram interpretadas como mais duras, revertendo parte do otimismo gerado pela ata do Copom considerada dovish ontem. Ele reforçou que a política monetária segue restritiva e que farão o necessário para cumprir a meta de inflação, mesmo diante de serviços acima do esperado. Ainda nesta quarta-feira, a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) surpreendeu positivamente, com alta de 0,6% em setembro, marcando o oitavo avanço consecutivo e reforçando a resiliência da atividade, fator que tende a postergar cortes na Selic.
Por volta das 14h30, o Ibovespa recuava 0,75%, aos 156.559 pontos, enquanto o dólar avançava 0,44%, cotado a R$ 5,30, impulsionado por fluxos sazonais e resiliência da moeda no exterior.
Entre as ações que compõem o Ibovespa…
O dia é marcado por ajustes após forte rali. B3 (B3SA3) figura entre as maiores altas, impulsionada por lucro trimestral consistente e controle de despesas, enquanto Taesa (TAEE11) também avança após números acima do esperado. Na ponta negativa, Petrobras (PETR3; PETR4) recua acompanhando a queda do petróleo, que também afeta outras petroleiras. No setor financeiro, bancos cedem diante do tom mais restritivo do Banco Central, que esfriou apostas em cortes de juros no curto prazo, enquanto mineradoras e siderúrgicas se beneficiam da alta do minério, com Vale (VALE3) e CSN (CSNA3) em terreno positivo.
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