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Ibovespa recua com tensão fiscal, enquanto Vale (VALE3) e Gerdau (GGBR4) avançam

Ações de siderúrgicas puxam ganhos na B3, mas incertezas sobre o projeto do Imposto de Renda e alta dos juros futuros limitam o índice

As bolsas internacionais operam com viés positivo nesta quarta-feira (1), sustentadas pela expectativa de cortes de juros nos Estados Unidos após a pesquisa ADP mostrar uma inesperada eliminação de 32 mil empregos no setor privado em setembro — número bem abaixo da projeção de criação de 50 mil vagas. O dado ganhou relevância diante da suspensão do payroll oficial, em meio à paralisação do governo americano, que também afeta a divulgação de outros indicadores econômicos. Apesar do alívio nos juros dos Treasuries, o fôlego dos índices de Nova York é limitado.

Na Europa, as bolsas fecharam em alta sustentadas pelos setores farmacêutico e siderúrgico, a partir de relatos de que a União Europeia pretende cortar pela metade as cotas de importação de aço e elevar as tarifas sobre volumes excedentes para até 50%, em linha com medidas adotadas por EUA e Canadá.

No Brasil, o Ibovespa perdeu força ao longo da manhã, pressionado por incertezas fiscais em torno da votação do projeto que amplia a isenção do Imposto de Renda. A ausência de medidas claras de compensação para a renúncia tributária gera desconforto entre os investidores, refletido no viés de alta dos juros futuros, especialmente nos vencimentos intermediários. Por volta das 13h35, o principal índice da B3 caía 0,49%, aos 145.499 pontos, enquanto o dólar se valorizava 0,13% frente ao real, cotado a R$ 5,33, influenciado tanto pelo cenário externo quanto pela cautela doméstica. Indicadores locais mistos, como a queda do PMI industrial e a leve alta na confiança empresarial, reforçam o tom de prudência na sessão.

Entre as ações que compõem o Ibovespa, os papéis da Gerdau se destacam na ponta positiva, reagindo ao anúncio de corte no capex (investimentos) para 2026, interpretado como sinal de disciplina financeira e possível reforço na distribuição de dividendos. A Braskem (BRKM5) também avança, recuperando parte das perdas recentes após decisão do Cade que favorece movimentações societárias envolvendo a companhia.

No setor de mineração, Vale (VALE3) sobe com declarações otimistas da gestão sobre retorno ao acionista, enquanto siderúrgicas como Usiminas (USIM5) e CSN (CSNA3) acompanham o movimento. Já os bancos recuam, pressionados pela abertura da curva de juros e menor apetite do investidor estrangeiro. No varejo, o desempenho é misto, com Magazine Luiza (MGLU3) entre as maiores quedas, refletindo o impacto da alta dos juros sobre empresas mais sensíveis ao crédito.

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