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No exterior, o tom positivo prevaleceu nas principais bolsas globais após a divulgação do relatório JOLTS, que mostrou uma queda maior que o esperado na abertura de vagas nos EUA — reforçando as expectativas de cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano).
As declarações do dirigente Christopher Waller, favoráveis à flexibilização monetária já em setembro, derrubaram os rendimentos dos Treasuries (títulos de dívida emitidos pelo governo norte-americano) e pressionaram o dólar no mercado internacional.
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Em Wall Street, os índices S&P 500 e Nasdaq encerraram em alta, impulsionados pelo bom desempenho das big techs. Já o petróleo recuou mais de 2%, em meio a rumores de aumento de produção pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), enquanto o ouro renovou máximas históricas.
No Brasil, o Ibovespa fechou abaixo dos 140 mil pontos, pressionado pela queda do petróleo, que afetou negativamente as ações da Petrobras e de outras empresas do setor. A curva de juros recuou nos vértices nominais com a valorização do real e o alívio nos Treasuries, mas as taxas reais voltaram a subir após um leilão robusto de NTN-B realizado pelo Tesouro.
Além disso, a Produção Industrial Mensal (PIM) registrou queda de 0,2% em julho — resultado ligeiramente melhor que o esperado (-0,3%), mas que reforça sinais de fraqueza na indústria, com destaque negativo para bens de capital e consumo duráveis, refletindo os efeitos da taxa básica de juros Selic elevada.
Ao fim do pregão, o Ibovespa exibia queda de 0,34%, aos 139.864 pontos, com giro financeiro reduzido, de R$ 17,2 bilhões. O dólar recuou 0,40%, cotado a R$ 5,45, influenciado pela captação externa do Tesouro e pelo movimento global de enfraquecimento da moeda americana.
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