Ibovespa avança com bancos e commodities na última sessão do ano, enquanto mercado aguarda ata do Fed

Os mercados globais operam com liquidez reduzida e volatilidade nesta última sessão do ano (30), enquanto investidores aguardam a ata do Federal Reserve, banco central dos EUA, às 16h para pistas sobre a trajetória dos juros em 2026. Em Nova York, os índices oscilam próximos à estabilidade, com os rendimentos dos Treasuries, títulos do tesouro americano, em alta e o dólar levemente fortalecido frente às principais moedas. Na Europa, mineradoras sustentam ganhos com a recuperação dos preços de metais, enquanto o petróleo avança diante de tensões geopolíticas e expectativa de manutenção da produção pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep+).

Às 14h20, do horário de Brasília, o Ibovespa subia 0,67%, aos 161.573 pontos, apoiado pelo setor financeiro e pelo movimento de fechamento de cotas de fundos, caminhando para o maior ganho anual desde 2016, próximo a 34%. No mesmo horário, o dólar recuava 1,25%, cotado a R$ 5,50, beneficiado pelo fluxo mais equilibrado e pelo carry trade, reforçado pela menor probabilidade de corte da Selic em janeiro após a taxa de desemprego surpreender em mínima histórica. Esse dado também pressiona os juros futuros, que avançam nos vértices curtos e intermediários, enquanto o mercado digere o Caged, divulgado às 14h, e a ata do Fomc para calibrar expectativas.

Na carteira do Ibovespa… O pregão é marcado por ajustes de fim de ano e rebalanceamento de carteiras, favorecendo bancos e empresas ligadas a commodities. Itaú (ITUB4) e Santander (SANB11) avançam mais de 1%, enquanto Petrobras (PETR3; PETR4) acompanha a alta do petróleo. Incorporadoras como Direcional (DIRR3) e C&A (CEAB3) figuram entre as maiores altas, impulsionadas pelo bom humor do mercado. Localiza recua após anunciar criação de ações preferenciais e aumento de capital, enquanto Casas Bahia (BHIA3) sobe com a conclusão da reestruturação de dívida. Na ponta negativa, Azul (AZUL54) lidera as quedas após divulgar resultados operacionais abaixo das expectativas.