
A quinta-feira (16) terminou com viés misto nas bolsas internacionais. Apesar de novas falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) reforçarem a expectativa de cortes de juros nos Estados Unidos, os mercados em Nova York ampliaram a cautela, com queda dos índices acionários e salto de 20% no VIX — considerado o “termômetro” do medo em Wall Street. Aos 24,94 pontos, o índice atingiu o pico desde maio, refletindo preocupações com o setor financeiro.
Por outro lado, na Europa, o alívio político na França sustentou o tom positivo dos mercados financeiros locais.
Ainda no exterior, os rendimentos dos Treasuries (títulos públicos americanos) caíram, o dólar hoje se enfraqueceu em escala global, o ouro confirmou a quinta alta consecutiva – veja mais aqui – e o petróleo recuou mais de 2%, pressionado por dados acima do esperado nos estoques americanos, o que contribuiu negativamente para o sentimento dos investidores.
No Brasil, o Ibovespa hoje encerrou o dia em queda, pressionado pelo cenário externo, pela queda do petróleo e pela alta nos juros futuros médios e longos – mesmo com o dólar recuando frente ao real. O índice caiu 0,28%, aos 142.200 pontos, com giro financeiro de R$ 20,8 bilhões, enquanto o dólar recuou 0,35%, cotado a R$ 5,44. Confira a cobertura completa do pregão aqui.
Na agenda doméstica, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) – considerado a prévia do Produto Interno Bruto (PIB) – de agosto veio levemente abaixo do esperado, com destaque negativo para o setor agropecuário. O dado reforça a leitura de desaceleração gradual da atividade econômica, em linha com os sinais já observados em outros indicadores recentes.
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