A volatilidade voltou a dominar os mercados internacionais nesta quinta-feira. Pela manhã, uma nova rodada de dados sobre emprego, indústria e construção corroboraram as expectativas de cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed), pressionando os juros dos Treasuries e levando o rendimento da T-note de 10 anos abaixo da marca de 4%, no menor nível desde fevereiro. Contudo, tensões no Oriente Médio voltaram a preocupar os investidores, levando as principais bolsas globais ao campo negativo e fortalecendo o dólar em escala global – num movimento característico de aversão ao risco. Na Europa, por exemplo, as bolsas chegaram ao fim do pregão com perdas que chegavam a beirar os 3%, colocando em segundo plano o alívio com o corte de juros pelo Banco da Inglaterra (BoE) pela manhã.
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Por aqui, o Ibovespa chegou a avançar quase 1% no início do dia, porém, em meio ao ambiente adverso no exterior, o índice inicia a tarde próximo da estabilidade. Joga a favor, a devolução de prêmios nos vértices curtos da curva a termo, a partir da percepção de que a taxa Selic não subirá no curto prazo – após comunicado ontem do Copom. Vale lembrar que, neste trecho da curva, havia uma forte precificação de alta da Selic – ontem, a aposta era de 84% em elevação de 0,25 ponto porcentual em setembro, enquanto hoje passou para 56%. Por volta das 14h20, o principal índice da B3 negociava em leve queda de 0,10% aos 127.529 pontos, enquanto o dólar subia 1,2% frente ao real, cotado a R$ 5,73. Nos juros, a despeito do recuo dos vencimentos mais curtos, os vencimentos médios e longos apresentavam alta firme, impactados pelo câmbio e preocupações com o cenário fiscal.
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