A sinalização do vice-presidente do banco central do Japão, Shinichi Uchida, de que a instituição não subirá as taxas de juros enquanto os mercados financeiros permanecerem voláteis deu fôlego extra ao apetite por risco dos investidores nesta quarta-feira. Além disso, a queda nos temores de recessão dos EUA também ajuda a apoiar a recuperação dos mercados acionários, com bolsas da Europa encerrando o dia em alta firme, e índices de Nova York iniciando a tarde no campo positivo, com os setores de tecnologia e financeiro liderando as altas. No câmbio, o dólar teve salto de valorização ante o iene e os juros dos Treasuries também registram recuperação, voltando a operar nos níveis que antecederam a onda de pânico dos mercados pós-payroll. Entre as commodities, o petróleo avançava mais de 2%, apoiado ainda pelos conflitos geopolíticos no Oriente Médio e escalada nas tensões da guerra na Ucrânia.
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No Brasil, a desvalorização do dólar no mercado doméstico, reduz a preocupação dos investidores com a hipótese de um novo aumento da Selic e ajuda a diminuir os prêmios dos juros futuros, mas a queda é limitada pela leitura inesperadamente elevada do IGP-DI de julho e pelo avanço dos juros dos Treasuries, que refletem a diminuição da procura por ativos seguros. Por volta das 13h55, o Ibovespa tinha alta de 0,50% aos 126.903 pontos, enquanto o dólar recuava 0,75% frente ao real, cotado a R$ 5,62.
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