Nesta terça-feira, o índice de preços ao produtor (PPI) dos EUA veio mais fraco que o esperado em julho e ampliou as expectativas por um relaxamento monetário mais agressivo pelo Federal Reserve (Fed) em 2024. Segundo o Departamento de Trabalho dos EUA, o índice cheio do PPI subiu 2,2% na comparação anual, abaixo da estimativa do consenso de 2,3%, enquanto o núcleo, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, subiu 2,4% no confronto anual, também aquém da expectativa de alta de 2,7%. Este cenário impulsiona ganhos das bolsas de Nova York, principalmente de papéis ligados a tecnologia, enquanto os juros dos Treasuries e o dólar perdem força, em meio também ao aumento de tensões no Oriente Médio. Já na Europa, as bolsas fecharam o dia em alta, embaladas pelo bom humor nos EUA. Entre as commodities, além do ambiente global ainda incerto, a redução nas projeções de demanda pela Agência Internacional de Energia (AIE) pesam sobre os preços do petróleo.
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Por aqui, além do bom humor externo, a expansão bem maior que a esperada no setor de serviços brasileiro em junho, a um nível recorde, apoia o Ibovespa em direção a mais uma alta consecutiva. Na sessão, o índice superou os 132 mil pontos pela primeira vez desde o início de janeiro, e só não avança mais por causa do declínio nos preços de commodities como o petróleo e o minério de ferro, que mantém Petrobras e Vale, em território negativo. Outro fator que contribui para o dia positivo é a queda dos juros futuros, refletindo tanto a expectativa de permanência da Selic em níveis elevados nos próximos meses quanto a perspectiva crescente de cortes nos juros americanos, reforçada pelo PPI. Por volta das 13h54, o principal índice da B3 subia 0,89% aos 132.311 pontos, com recuo do dólar frente ao real de 0,42%, cotado a R$ 5,47.
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