A sessão desta quarta-feira é de aversão ao risco no exterior, após frustrações com a temporada de balanços e cenário político ainda incerto nos Estados Unidos. Por lá, as bolsas de Nova York iniciam a tarde apresentando queda firme, com recuo generalizado das “Sete Magníficas” – com destaque para o tombo superior a 11% da Tesla. A fuga de ativos de risco e busca por segurança leva os rendimentos dos Treasuries para baixo, enquanto o dólar perde força em relação a divisas desenvolvidas. Na Europa, as bolsas fecharam a sessão majoritariamente em queda, pressionadas pelas ações do setor de luxo após resultado decepcionante da gigante LVMH – que agravou o receio sobre a desaceleração da demanda da China e perspectivas do segmento. Ainda por lá, o Deutsche Bank sofreu o primeiro prejuízo trimestral desde 2020 e recuou mais de 8% em Frankfurt.
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Por aqui, o Ibovespa opera perto da estabilidade, equilibrado entre baixas das bolsas em Nova York e ganhos de Petrobras e Vale. A estatal sobe com o petróleo, enquanto a mineradora avança em meio à estabilidade nos preços do metal, interrompendo seis sessões consecutivas de perdas. Além disso, a queda dos rendimentos dos Treasuries abre espaço para descompressão dos prêmios na curva de juros doméstica, porém os ativos sensíveis a ela não correspondem e recuam. Já no câmbio, a forte valorização do iene – tanto por expectativa de aumento de juro pelo Banco do Japão na semana que vem quanto pela busca por proteção – penaliza moedas de países emergentes em meio à desmontagem das operações de carry trade (a moeda japonesa costuma ser usada como “funding” para esse tipo de operação). Por volta das 13h55, o Ibovespa subia 0,04% aos 126.635 pontos, enquanto do dólar avançava 0,64% frente ao real, cotado a R$ 5,62.
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