Nesta quinta-feira, dados benignos em relação à economia dos Estados Unidos trouxeram alívio aos mercados de Nova York. Por lá, o PIB do segundo trimestre cresceu 2,8%, acima dos 1,7% que eram esperados pelo consenso, ao mesmo tempo que houve desaceleração na leitura trimestral da inflação ao consumidor (PCE), de 3,4% na leitura anterior para 2,6%. Assim, os juros dos Treasuries apresentam queda firme desde o início das negociações, enquanto os índices de Nova York se recuperam do tombo observado na véspera. Já na Europa, as bolsas fecharam majoritariamente em queda novamente na esteira de uma série de balanços na região. Desta vez com destaque para as ações da Stellantis que derreteram após anunciar recuo do lucro e pesaram sobre outras montadoras.
Por aqui, a surpresa negativa do IPCA-15 de julho, que sinalizou avanço de 0,30%, acima da expectativa do mercado (+0,23%), porém dentro do intervalo das estimativas (0,11% a 0,35%), azedou o sentimento do investidor local. O número forte e a abertura incômoda em serviços reforçam a preocupação do mercado com a postura do Banco Central no ano que vem, bem como um eventual adiamento da retomada de corte de juros. Neste cenário, apesar da descompressão nos rendimentos dos Treasuries, os juros futuros avançam – principalmente na ponta curta da curva -, e somado à nova sinalização de fraqueza entre as commodities, pressionam o Ibovespa. Por volta das 13h30, o principal índice da B3 caia 0,20% aos 126.193 pontos, enquanto o dólar caia 0,60% frente ao real, cotado a R$ 5,62 – em linha com o enfraquecimento da divisa em relação a moedas rivais.
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