Os mercados internacionais operam de forma mista nesta segunda-feira, com os investidores reagindo ao novo acordo entre Estados Unidos e União Europeia, que estabeleceu uma tarifa de 15% sobre produtos europeus, e acompanhando de perto as negociações comerciais com a China, em curso na Suécia. Em paralelo, os rendimentos dos Treasuries sobem levemente, o dólar se valoriza frente a moedas emergentes e o petróleo avança mais de 1%, impulsionado por declarações de Donald Trump sobre a possibilidade de antecipar o prazo de 50 dias para um cessar-fogo na guerra da Ucrânia.
No cenário doméstico, o ambiente é de cautela diante da iminente imposição de tarifas americanas sobre produtos brasileiros e da divulgação de dados fracos de crédito pelo Banco Central, que reforçam a percepção de desaceleração econômica. Por volta das 13h30, o Ibovespa recuava 0,91%, aos 132.304 pontos, enquanto o dólar subia 0,56%, cotado a R$ 5,59. Nos juros futuros, a curva apresentava leve alívio após o Boletim Focus indicar recuo nas expectativas de inflação para 2025 e 2026.
Entre as ações que compõem o Ibovespa…
…o desempenho é bastante disperso. O setor bancário lidera as perdas, pressionado por dados fracos de concessão de crédito e preocupações com os impactos do tarifaço dos EUA. O BTG Pactual também recua após anunciar a aquisição do HSBC Uruguai. Em contrapartida, as petroleiras avançam com a valorização do petróleo, sustentando os papéis da Petrobras. Vibra e Ultrapar também sobem na sessão. No varejo, o pessimismo com os resultados trimestrais pesa sobre as ações, enquanto mineradoras e siderúrgicas sofrem com a queda do minério de ferro e incertezas tarifárias. Destaque positivo para São Martinho, impulsionada pelo anúncio de juros sobre capital próprio.
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