O payroll de janeiro mais forte que o esperado e a revisão para cima dos relatórios de emprego de novembro e dezembro reforçaram as expectativas de que o início do ciclo de afrouxamento monetário pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) terá início apenas depois do primeiro trimestre de 2024. Segundo ferramentas de monitoramento, a chance de um corte de juros pelo Fed em maio, antes em 100%, caiu abaixo de 80%, com cerca de 20% para manutenção no nível atual, de 5,25% a 5,50% ao ano.
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A deterioração do cenário impulsiona os retornos dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) e do dólar, enquanto os índices de Nova York sustentavam alta no início da tarde desta sexta-feira (2) a partir de balanços positivos de big techs e petrolíferas. Já na Europa, as bolsas encerraram a sexta-feira exibindo comportamento misto.
O petróleo Brent, por sua vez, se desvalorizava diante da possibilidade de juros elevados por mais tempo nos EUA e de cessar-fogo em Gaza e a despeito de novas medidas de estímulo ao setor imobiliário chinês. Apesar dos esforços de Pequim para reativar a economia, projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI) apontam desaceleração do crescimento nos próximos anos, abaixo da meta de cerca de 5% prevista pelo governo da China.
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