Queda da Petrobras pesa e limita avanço do Ibovespa em dia de alta em NY

A última sessão da semana é marcada por mais um dia de alta nos índices de Nova York, mesmo diante da elevação dos rendimentos dos Treasuries, que refletem a cautela dos investidores com os dados de inflação previstos para a próxima semana. Enquanto isso, o índice dólar (DXY) recua, favorecendo ativos de risco e o petróleo. Na Europa, os mercados operam sem direção única, com os investidores atentos às negociações entre Donald Trump e Vladimir Putin em busca de um possível acordo para encerrar a guerra na Ucrânia.

No cenário doméstico, o Ibovespa interrompe a sequência de quatro altas consecutivas, pressionado pela forte queda das ações da Petrobras, que recuam após o anúncio de dividendos abaixo das expectativas e a decisão da companhia de retomar atividades no setor de distribuição. Em contrapartida, papéis ligados a commodities metálicas e ao setor financeiro sustentam desempenho positivo. Por volta das 14h30, o principal índice da B3 recuava 0,17%, aos 136.296 pontos. No câmbio, o dólar operava estável (0,00%), cotado a R$ 5,42, refletindo a fraqueza da moeda americana no exterior e as incertezas locais. Já os juros futuros apresentavam queda moderada, com o mercado ajustando as apostas para um possível corte da Selic em dezembro, diante de sinais de desaceleração da atividade e menor pressão inflacionária.

Entre os destaques da bolsa, o pregão é marcado por forte volatilidade nas ações da Petrobras, que lideram as perdas com queda superior a 6%, em meio à frustração com os proventos e preocupações estratégicas. No varejo, Lojas Renner e Magazine Luiza também figuram entre as maiores baixas, refletindo o ambiente macroeconômico desafiador, apesar de resultados considerados em linha com as expectativas. Na ponta positiva, Braskem avança com força após confirmar negociações com a Unipar para venda de ativos, enquanto B3 e Stone sobem apoiadas por balanços sólidos e acima das projeções.

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