As bolsas em Nova York e na Europa recuam nesta tarde, refletindo cautela às vésperas da decisão do Federal Reserve, banco central dos EUA. O avanço dos rendimentos dos Treasuries e a valorização do índice dólar reforçam o movimento defensivo, enquanto investidores aguardam não apenas o corte de 0,25pp, já precificado, mas também o tom do comunicado e o chamado dot plot — gráfico divulgado pelo Fed que mostra as projeções individuais dos membros para a trajetória futura da taxa de juros, servindo como sinalização sobre o ritmo esperado de ajustes. Entre as commodities, o petróleo recua mais de 1%, acompanhado também pela queda do ouro.
No Brasil, o Ibovespa chegou a subir mais de 1% pela manhã, mas perdeu tração com a piora externa e pressão sobre o câmbio. Às 14h20, o Ibovespa subia 0,55%, aos 158.239 pontos, enquanto o dólar avançava 0,25% frente ao real, cotado a R$ 5,44. Os juros futuros também reduziram parte do alívio visto mais cedo. A expectativa para as reuniões do Copom e do Fed mantém os investidores cautelosos.
O pregão mostra movimentos contrastantes. As petroleiras avançam, corrigindo parte das perdas anteriores, mesmo com o petróleo em queda — Petrobras PETR3 e PETR4 sobem, acompanhadas por pares como PetroReconcavo (RECV3), apoiada por dados de produção. Já o setor de mineração sente o recuo do minério, pressionando Vale (VALE3) e siderúrgicas. Nos bancos, Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3) sustentam ganhos, enquanto Santander (SANB11) oscila próximo da estabilidade, refletindo a volatilidade nos juros futuros. No varejo, o tom é misto: Renner (LREN3) e Magalu (MGLU3) se destacam por anúncios corporativos, enquanto C&A (CEAB3) e GPA (PCAR3) recuam.
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