No exterior, o tom é negativo nesta sexta-feira (12). As bolsas americanas recuam diante da rotação setorial, com tecnologia liderando as perdas em meio a dúvidas sobre a sustentabilidade da Inteligência Artificial. O Nasdaq cai mais de 1%, enquanto o S&P 500 também opera no vermelho, em meio ao ambiente de maior cautela após sinais do Federal Reserve, banco central dos EUA, sobre uma postura mais conservadora. Juros dos Treasuries médios e longos avançam e o dólar se fortalece frente às principais moedas, adicionando pressão aos ativos de risco. O petróleo também recua, influenciado por expectativas de maior oferta e ajustes nas projeções para 2026.
Por aqui, o Ibovespa mantém leve alta, sustentado pelo fluxo estrangeiro e pela atratividade do diferencial de juros. A curva de DI perde inclinação, com maior recuo nos vencimentos longos, refletindo o tom conservador do Comitê de Política Monetária (Copom) e apostas em cortes da Selic no primeiro trimestre de 2026. No câmbio, após tocar mínimas próximas de R$ 5,38, o dólar volta a subir, acompanhando o fortalecimento global da moeda americana e ajustes técnicos. Às 14h30, o Ibovespa subia 0,51%, aos 160.005 pontos, enquanto o dólar avançava 0,15%, cotado a R$ 5,41.
Entre as ações do Ibovespa, bancos e Petrobras (PETR3; PETR4) sustentam o sinal positivo, beneficiados pela rotação global para setores tradicionais. Banco do Brasil (BBAS3) e BTG Pactual (BPAC11) figuram entre os destaques, enquanto Itaú (ITUB4) e Santander (SANB11) oscilam próximos da estabilidade. A Petrobras avança mesmo com o petróleo em queda, apoiada pelo fluxo estrangeiro. Já a Vale (VALE3) recua, pressionada pela baixa do minério e por notícias de maior custo de armazenagem na China, movimento que também afeta siderúrgicas como Usiminas (USIM5) e CSN (CSNA3). Em contrapartida, varejistas e empresas de educação sobem com a queda dos juros futuros, com Vivara (VIVA3) liderando os ganhos após mudanças na gestão.
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