Como Wall Street e investidores reagiram aos ataques terroristas do 11 de Setembro

11 de Setembro de 2001 entrou na história como uma data de infâmia, medo e um novo mundo repleto de incertezas.

O sequestro de aviões e o ataque às torres gêmeas do World Trade Center de Nova York e ao Pentágono, em Washington, sem falar de um quarto aparelho, provocaram pânico e estupor.

Um ataque direto ao centro do poder financeiro dos EUA teve consequências – humanas, financeiras e psicológicas – devastadoras não só em Wall Street, mas ao redor do mundo.

Dezenas de corretoras, casas de análise e bancos localizados no WTC ou em seus arredores perderam colaboradores, escritórios e sistemas, passando dias sem poder operar.

A Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) e a Nasdaq tiveram que interromper as negociações (circuit break) por quatro dias.

Após o retorno dos pregões em Wall Street, índices como S&P 500 (-11,6%) e Nasdq (-16,1%) desabaram entre 17 e 21 de setembro.

Os efeitos foram globais: o Ibovespa despencou 9,17% no dia dos atentados e operou por apenas 1h15. Já o índice europeu Stoxx tombou 17,3% entre 11 e 21 de setembro.

Segundo relatório do FMI, a NYSE precisou de 13 pregões para recuperar suas perdas, enquanto Londres demandou 22, Frankfurt 42 e de Oslo incríveis 107 sessões.

Uma das respostas mais importantes para manter a saúde financeira geral foi o Federal Reserve (o BC dos EUA) garantir a liquidez geral das instituições, injetando mais de US$ 100 bi no mercado.

O esforço conjunto com reguladores e instituições como o BC Europeu e o Banco da Inglaterra e a flexibilização de pagamentos e créditos viabilizou a manutenção de operações financeiras.

Em segmentos específicos, segundo a PWC a indústria de seguros perdeu cerca de US$ 50 bilhões após os ataques, mas recuperou parte do prejuízo com o posterior aumento de apólices e prêmios.

Dois segmentos negativamente afetados foram aviação e turismo, com a falência de companhias áreas já deficitárias e, indiretamente, o fim do supersônico Concorde.

Já as ações ligadas a defesa, tecnologia e armas dispararam, assim como o preço do petróleo.

Relembre histórias daquele 11/9 e as lições que os investidores aprenderam na matéria que marcou os 20 anos dos ataques terroristas.

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