Banco do Brasil: com preço atrativo, por que ações não são unanimidade entre corretoras?
Apesar de balanços robustos e seu inegável peso, o Banco do Brasil é, vamos dizer assim, uma espécie de patinho feio entre os grandes bancos brasileiros.
A constante sombra do eventual uso político da instituição, atendendo os objetivos do governo e contra os interesses dos acionistas, é um dos motivos para que as ações do BB estejam muitas vezes descontadas.
No entanto, 5 de 6 corretoras recomendam a compra de BBAS3. Um dos motivos foi o lucro líquido de R$ 35,6 bilhões em 2023, igual ao de Itaú e superior a Santander e Bradesco.
Perspectivas positivas para este ano, governança positiva, baixo índice de inadimplência e preços descontados das ações, negociadas 10% abaixo da média dos seus pares no múltiplo P/L (preço sobre lucro) embasam as recomendações.
O preço-alvo das recomendações de compra flutuam entre R$ 32 (Itaú BBA) a R$ 42,50 (Santander), passando por R$ 34 (Genial) e R$ 36,50 (XP). A cotação em 19 de abril era de R$ 27,71.
A única opinião destoante vem de Bradesco BBI e Ágora, que ao final de 2023 passou a ter visão neutra, com preocupações com economia argentina, desaceleração do agronegócio e alertas com inadimplência e redução nas receitas de tarifas.