Uma nova modalidade de golpe tem feito vítimas por todo o país, explorando justamente um mecanismo criado para protegê-las: o Mecanismo Especial de Devolução (MED).
Com o número de celular usado como chave Pix, os golpistas conseguem localizar facilmente uma conta e enviar um valor pequeno. Em seguida, entram em contato, alegando que o depósito foi feito por engano e pedindo a devolução do dinheiro.
É nesse momento que a fraude se consolida: em vez de a vítima usar o recurso automático de reembolso disponível em seu banco, acaba seguindo a orientação do criminoso e faz uma nova transferência, agora para outra conta indicada por ele.
O que poucos sabem é que, ao mesmo tempo, o criminoso aciona o MED junto ao seu banco. Resultado: o sistema bloqueia ou retira os valores da conta da vítima e devolve para o golpista, que ainda fica com o montante transferido voluntariamente.
O primeiro passo é sempre verificar se o valor realmente entrou na conta. Se sim, a devolução deve ser feita exclusivamente por meio da função de reembolso que os bancos oferecem, geralmente identificada como “devolver Pix” ou “reembolsar valor”.
Dessa forma, o dinheiro volta exatamente para a conta de origem, impedindo que o golpista alegue qualquer irregularidade. O importante é nunca fazer uma nova transferência via Pix para outra conta informada, mesmo que a pessoa insista ou diga estar desesperada.