Liliane Varanda, entrevistada pelo E-Investidor, iniciou sua vida profissional como servidora na área de políticas públicas do governo em 2010. Ela cumpria horário das 8h às 17h, de segunda a sexta-feira, mas sentia falta de ver um impacto maior do seu trabalho na vida das pessoas.
“Eu tinha uma melhor amiga que se casou e resolveu fazer uma aula de pole dance para surpreender o marido e eu fui junto”, diz Varanda. Foi amor – e oportunidade de negócio – à primeira vista.
Em 2014, ela se uniu a sua melhor amiga e outras duas professoras do estúdio para se lançarem no mercado de pole dance. A ideia das quatro sócias sempre foi abrir um espaço nos arredores da movimentada Avenida Paulista, em São Paulo.
Com um investimento inicial de R$ 80 mil (R$ 20 mil de cada uma), alugaram um imóvel de 100 metros quadrados na Consolação com 10 barras disponíveis. Depois do investimento inicial para o imóvel, a empreendedora conta que não tirou mais dinheiro do bolso para fazer a empresa rodar.
Foi necessário vencer alguns medos e preconceitos para tal decisão. Ela, que ainda atuava como servidora pública, tinha receio do estigma associado à modalidade de pole dance.
O jeito foi conciliar as rotinas: das 8h às 17h trabalhava no cargo público e no contraturno, das 18h às 22h, cuidava do estúdio de pole dance.
“Chegou uma hora em que não tínhamos como atender todos no antigo imóvel e tínhamos que indicar outro estúdio”, diz a empreendedora. Nessa época, de expansão do negócio, conciliar o serviço público com o pole dance se tornou impossível.
Foi só neste momento em que Varanda decidiu pedir uma licença não-remunerada e se afastar do cargo por um tempo. Hoje, ela voltou a exercer a profissão em paralelo com a empresa de pole dance e sua história passa uma lição de empreendedorismo importante.