Facebook (FBOK34): o que está acontecendo com a rede social? Demissões, ações em queda e mais
A Meta – corporação que abrange Facebook, Instagram e WhatsApp –, anunciou hoje a demissão de 11 mil funcionários. Com queda de suas ações (Nasdaq: META) superior a 69% no acumulado do ano, o que está acontecendo com a companhia de Mark Zuckerberg?
Em 2021 o CEO da Meta anunciou uma mudança no foco da companhia, apostando no metaverso, tanto que mudou o nome da empresa. O modelo de negócios visando inteligência artificial, realidade aumentada 3D e monetização de ambientes ainda precisa se provar viável economicamente.
O próprio Zuckerberg sinalizou que uma de suas outras prioridades neste ano seria a melhoria do Instagram Reels, uma clara alusão ao incômodo que os vídeos curtos da chinesa TikTok – e a debandada de um público mais jovem – vêm trazendo à Meta.
Outra dor de cabeça é a perda de recursos de propaganda e impulsionamento de posts. Uma questão chave é a mudança da política de anúncios e privacidade da Apple. Outra são os anunciantes distribuindo seus recursos para outros canais e plataformas como streaming e marketplaces.
O corte de custos não chegou apenas à força de trabalho do Facebook, que antes das demissões era de 87 mil funcionários. Novas contratações estão congeladas, assim como viagens não essenciais e investimentos em alguns projetos.
Boa parte das techs norte-americanas contrataram milhares de novos colaboradores para atender as demandas de desenvolvimento, e-commerce e digitalização durante os lockdowns da pandemia, trazendo os custos às alturas. Agora não só a Meta, mas também Amazon e Twitter estão reajustando essa força de trabalho.
O cenário macroeconômico não ajudou. Guerra na Ucrânia, risco de recessão global, alta inflação e juros em valores recordes (que oneram a captação de capital) atrapalham as contas das big techs.
Em 9 de novembro, todas as ações de big techs estavam no vermelho no acumulado de 2022: Alphabet (Google; Nasdaq: GOOG): -39%; Amazon (AMZO34; Nasdaq: AMZO): -49,2%; Tesla (TSLA34; Nasdaq: TSLA): -55%; Microsoft (MSFT): -32,6%; e Apple (AAPL): -25,6%.
A Meta deve investir um valor recorde próximo dos US$ 100 bilhões em 2022 – boa parte destinado ao metaverso –, muito acima do esperado pelo mercado. Por outro lado, o número de usuários e faturamento estão em leve declínio.