Eneva e Vibra: por que investidor deve monitorar fusão que pode resultar em gigante da energia?

A Eneva (ENEV3) encaminhou proposta de fusão ao conselho de administração da Vibra (VBBR3) que pode resultar em gigante do setor de energia no Brasil.

Caso seja confirmada, a fusão resultaria na maior distribuidora de combustíveis, a maior plataforma de geração termelétrica e a terceira maior empresa de energia listada em valor de mercado do Brasil.

A proposta de fusão contempla a distribuição equitativa, com os acionistas de Vibra e Eneva detendo 50% das ações da companhia resultante.

A Eneva atua em um sistema integrado R2W (reservoir to wire), atuando na exploração de gás natural, geração de energia elétrica a gás e carvão e comercialização de gás e energia.

Sua estrutura acionária é formada por BTG Pactual (22%), Cambuhy Investimentos (19,73%; dos Moreira Salles), Dynamo (10,77%) e Atmos (5,44%), entre outros.

Já a Vibra (ex-BR Distribuidora da Petrobras) possui a conhecida rede de postos de combustíveis, atuando também com logística e comercialização de produtos para aviação e lubrificantes.

O capital da Vibra é composto por um elemento em comum, a Dynamo (10,28%), além de Samambaia (8,58%; do ex-banqueiro Ronaldo Cezar Coelho), BlackRock (5,01%) e outros minoritários.

Alguns dos maiores concorrentes destas empresas, são Copel (CPLE6), EDP, Engie (EGIE3), além de Ultrapar (UGPA3; de Postos Ipiranga e Ultragaz) e Cosan (CSAN3) e Raízen (RAIZ4), de Shell e Oxxo.

Entre as vantagens da fusão estariam complementaridade de negócios, abertura para transição energética e acesso a novos clientes, entre outras sinergias.

No entanto, o mercado pondera a recente fusão entre Vibra e Comerc, o equilíbrio entre a perpetuação de negócios da Vibra e as oportunidades de crescimento da Eneva para definir o preço certo do negócio.

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