Investimentos em maconha: de ações a ETFs, entenda como investir na bilionária indústria da cannabis
Está em votação no STF a descriminalização do porte e uso da maconha para uso recreativo.
Entre defensores da legalização e aqueles completamente contrários, existe toda uma miríade de ativos financeiros para quem quer investir em uma indústria com potencial bilionário.
Estima-se que até 2026 o setor da maconha (incluindo subprodutos farmacêuticos, erva medicinal e têxteis) possa movimentar até US$ 61 bilhões.
No Brasil, hoje existem três fundos de investimentos que miram neste setor: Vitreo Cannabis Ativo Mult, Vitreo Canabidiol FIA IE e Trend Cannabis FI Mult.
Administrados por Empiricus e XP e lançados em 2019, todos têm retorno negativo acumulado entre 74% e 84%, assim como o índice NAMMAR (North American Marijuana Index, -22% em 2023).
Esse índice acompanha companhias de biotecnologia ou que cultivam, processam e distribuem maconha e derivados de canabidiol, caso de Tilray, Curaleaf, Cronos e Columbia.
ADRs da produtora canadense Aurora Cannabis (Nasdaq:ACB), um dos maiores players do mercado, amargam queda de 40% no ano. Já as ações da Canopy (TSE:WEED) desabam 80% em 2023.
Igualmente negativos estão ETFs como THCX (AXS Cannabis, recuo de 28% no ano).
Parte desses recuos é motivada pelo pouco ímpeto por parte do governo Biden na legalização federal do uso, cultivo e comercialização da maconha nos EUA.
Isso abriria as portas para a aprovação do Safe Bank Act, uma lei que permitiria a bancos oferecer crédito, serviços financeiros e abertura de contas a empresas ligadas à maconha.
Muito mais que um sinal verde do STF, esta lei nos EUA seria o principal gatilho para que o setor realmente deslanche.