Petrobras (PETR3, PETR4): de Braskem a combustíveis, o que pode afetar dividendos

Petrolífera pagou mais proventos em 2022 do que todas as outras companhias da Bolsa

A Petrobras (PETR3, PETR4) é, junto com a Vale, a companhia com maior peso no Ibovespa, o principal índice da bolsa de valores brasileira.

Com milhares de funcionários e estratégica em setores como petroquímicos, embalagens e combustíveis, a Petrobras é importante peça na economia brasileira.

Em 2022 seus acionistas foram brindados com dividendos que somaram R$ 194,6 bilhões.

Isso foi mais que o total de proventos pagos por todas as outras companhias listadas na Bolsa em 2022 – R$ 193,4 bilhões.

A União – sua principal acionista – foi a maior beneficiada por tamanha distribuição: R$ 55,8 bilhões.

No entanto, tamanha 'generosidade' pode vir a mudar nos próximos meses.

O presidente Lula já sinalizou que uma nova política de pagamento de dividendos deve ser implementada até o fim do ano.

Outro ruído que não agradou alguns investidores foi a decisão da estatal de permitir que as empreiteiras Odebrecht, Andrade Gutierrez e UTC disputem seus contratos.

Já em maio a Petrobras decidiu reduzir o preço de combustíveis e gás de cozinha, o que foi interpretado como um subsídio, ou seja, uma decisão mais política do que técnica.

Por fim, outro sinal negativo foi o interesse de assumir o controle da Braskem, um investimento em um negócio menos rentável que a exploração de petróleo e gás em águas profundas.

As ações da Petrobras seguem com altas de 36,9% (PETR3) e de 45,5% (PETR4) no acumulado de 2023 até a segunda semana de julho.