Por que o pessoal da Faria Lima curte um coletinho?

Ninguém sabe ao certo porque o povo do mercado financeiro curte um coletinho de nylon, mas o fato é que a moda pode ter sido importada de Wall Street, com um toque retrô, meio 'De Volta para o Futuro'.

É provável que o acessório seja herdeiro direto dos coletes formais, usados de Londres a Wall Street, como o do personagem Gordon Gekko, interpretado por Michael Douglas.

O início dos anos 1990 viu não só a união entre as ventures capitals de NY com as startups do Vale do Silício, mas também o casamento dos coletes de Wall Street com os fleeces dos descolados consumidores de Patagonia e The North Face. Os filhotes deste último são as jaquetas de fleece.

Os coletes são onipresentes na região do Condado, um quadrilátero na cidade de São Paulo junto às avenidas Faria Lima e Juscelino Kubitscheck. Grandes empresas como Google, XP e BTG Pactual têm escritórios e sedes por ali.

Com o relaxamento dos códigos de vestimentas a partir dos casual days, o colete virou um símbolo não só de corretoras, com logos estampados, mas de toda uma indústria. Um lance meio de fraternidade.

Axe Capital

Você curtiu a série Billions? Pois você pode ter um coletinho de fleece igualzinho ao do personagem Dollar Bill por US$ 69,95.

Patagonia

A marca de roupas outdoor é uma das maiores fornecedoras para corretoras de Wall Street, mas desistiu de vender produtos personalizados e doou a companhia para a causa ambiental.

Patagonia é doada

Os coletes dos Faria Limers já viraram brindes, memes, brinquedos (como o boneco da Corbe Toys) e motivo de entrevero entre casas.

Mas esse povo não sente frio no braço? Talvez, mas dress code é tudo. Ou não?