Por que Petrobras quer explorar petróleo na foz do Amazonas?
A Petrobras (PETR3, PETR4) está buscando aprofundar suas pesquisas sobre exploração de petróleo e gás na foz do rio Amazonas.
A foz do Amazonas é rica em sedimentos orgânicos e possui uma estrutura de falhas geológicas propícia ao acúmulo de hidrocarbonetos como o petróleo.
O bloco de prospecção em questão fica além do litoral do Amapá, no Oceano Atlântico, na chamada Margem Equatorial, próximo à fronteira com a Guiana Francesa.
A extração de petróleo e gás tem o potencial de gerar milhões de reais em impostos e royalties para os estados e municípios desta área da Amazônia.
Ou seja: muita gente enxerga um novo ‘pré-sal’ amazônico, com investimentos, empregos e recursos para os cofres públicos.
Entre os principais defensores do licenciamento ambiental estão os senadores Davi Alcolumbre e Randolfe Rodrigues (ambos do Amapá) e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
No entanto, questionamentos sobre impactos ambientais freiam o ímpeto de Petrobras, outras companhias petrolíferas e autoridades locais.
Ministério do Meio Ambiente (MMA), Ibama e ambientalistas cobram protocolos que assegurem uma prospecção segura e salvaguardas em caso de derramamento de petróleo.
Além das preocupações ambientais, o MMA pressiona a Petrobras a acelerar seu plano de transição energética, para gerações alternativas como eólica e solar.
Vale lembrar que multinacionais do setor como BP (BDR: B1PP34) e TotalEnergies em diferentes épocas tentaram levar o estudo à frente e, por enquanto, desistiram.
Enquanto isso, ExxonMobil (EXXO34) e Petronas já reportaram prospecções positivas na bacia Guiana-Suriname, vizinha à região de contenda brasileira.
Com nenhum licenciamento liberado na região da foz do Amazonas há anos, até hoje nenhum poço de prospecção foi perfurado na área.