Mesmo com a queda no preço da em boa parte do país, o custo para se manter alimentado continua alto. A mais recente pesquisa do Dieese, feita em parceria com a Conab, revela que os alimentos básicos ficaram mais baratos em 24 das 27 capitais brasileiras em agosto.
Apesar do alto custo em capitais como São Paulo, algumas cidades registraram os menores valores da cesta básica no mês: Aracaju – R$ 558,16; Maceió – R$ 596,23; Salvador – R$ 616,23; Natal – R$ 622,00.
Produtos como tomate, feijão, café e carne bovina puxaram a média para baixo. O tomate, por exemplo, teve queda em 25 capitais; o café ficou mais barato em 24; o feijão-preto caiu em todas as cidades onde é consumido; e a carne bovina teve redução em 18 capitais.
Com base no valor da cesta básica mais cara, registrada em São Paulo (R$ 850,84), o Dieese calculou que o salário mínimo necessário para suprir os custos essenciais de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 7.147,91 em agosto, diz a pesquisa.
Esse valor cobre gastos com alimentação, moradia, saúde, educação, e todas as despesas essenciais no cotidiano.
O número é 4,71 vezes maior do que o salário mínimo oficial, que hoje é de R$ 1.518. Essa diferença escancara a defasagem entre a renda da maioria dos trabalhadores e o custo real de vida no país.
A variação no preço da cesta básica serve como termômetro para entender o impacto direto no bolso do trabalhador. Mesmo com as recentes quedas, os custos continuam altos em relação ao salário mínimo.