Vibra Energia para de pagar aluguéis e acende alerta no mercado imobiliário

A Vibra Energia decidiu parar de pagar os aluguéis da sua sede no Edifício Lubrax, no Rio de Janeiro, em abril deste ano e isso deixou o mercado financeiro em situação de alerta.

Sólida financeiramente, a Vibra – a antiga estatal BR Distribuidora ligada à Petrobras – lucrou R$ 789 milhões no 1º trimestre com seus postos de combustíveis, lubrificantes e lojas de conveniências.

No entanto, a Vibra busca agora quebrar o acordo pelo qual sua sede foi viabilizada. As cláusulas previam o pagamento de aluguéis reajustados pelo IPCA por 18 anos após a entrega do imóvel.

Para levantar recursos para a construção do edifício, a incorporadora Confidere OGB captou recursos através de CRIs emitidos pelas securitizadoras Opea e Bari.

Porém, após sua privatização, a Vibra começou a contestar os termos, o que levou a Moody’s a reclassificar os ratings dos CRIs de AAA (mais seguro) para “Dsf(bra)” (maior risco de inadimplência).

Entre os argumentos oferecidos pela Vibra estavam um processo de penhora do Edifício Lubrax e dívidas da Confidere. Em fevereiro último, o imóvel entrou em leilão.

Especialistas em FIIs consideram que a decisão da companhia pode afetar não somente FIIs como IRDM11, VRTA11 e BCRI11, mas também o financiamento desse tipo de negócios imobiliários.

Leia um pouco mais sobre todo imbróglio, as posições dos envolvidos e o alto rating “AAAbr” concedido pela mesma Moody’s para um debênture da Vibra no E-Investidor.

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