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STF descriminaliza porte de maconha: veja como lucrar com a cannabis medicinal

Alguns investimentos entregaram um retorno de 61% nos últimos 12 meses; confira

STF descriminaliza porte de maconha: veja como lucrar com a cannabis medicinal
Maioria dos investimentos em cannabis tem exposição à dólar (Foto: Envato)
  • O porte de maconha foi descriminalizado pelo Supremo Tribunal Federal
  • Existem formas de investir em cannabis aqui no Brasil, uma delas rendeu 26,7% nos últimos 12 meses
  • Analistas dizem que o mercado de maconha é muito volátil por questões morais e proibicionistas de muitos países e, por isso, não pode ser mais de 2% da carteira do investidor

O Supremo Tribunal Federal (STF) descriminalizou o porte de maconha em julgamento realizado nesta última terça-feira (25). A decisão foi definida como favorável à descriminalização com um placar de 8 votos a 3. No entanto, vale lembrar que a venda de maconha para uso recreativo ainda é considerada crime no Brasil, o que se enquadra na lei do tráfico de drogas. Ainda assim, é possível lucrar com cannabis em outras modalidades, como medicinais.

Segundo Darwin Ribeiro, fundador da Farmácia In, o mercado de cannabis é muito diverso e o investidor pode encontrar várias formas para lucrar, como fundos de investimentos. No Brasil, por exemplo, o investidor pode encontrar o fundo de investimentos da XP, conhecido como Trend Cannabis FI Mult.

De acordo com levantamento de Einar Rivero, CEO da Elos Ayta Consultoria, o Trend Cannabis FI Mult teve um rendimento de 26,69% nos últimos 12 meses. Essa é uma forma atrativa para o investidor que visa lucrar no médio e longo prazo, com uma possibilidade de resgate mais facilitada, já que o fundo possui uma boa liquidez. Segundo a XP Investimentos, esse fundo possui aproximadamente 30 empresas relacionadas ao tema de cannabis e também tem exposição ao dólar.

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Felipe Corleta, sócio da GTF Capital diz que outra forma para o investidor se expor a esses ativos é por meio de Brazilian Depositary Receipt (BDR) de Exchange Traded Fund (ETF). No Brasil temos o BPOT39, um BDR de ETF que trabalha com cannabis. Felipe Corleta lembra que o ativo pode não ser atrativo para o investidor devido a sua baixa liquidez. A última vez que foi negociado na Bolsa brasileira foi em 6 de fevereiro de 2024.

Já no exterior, Darwin Ribeiro vê a possibilidade de o investidor adquirir duas empresas que podem ser interessantes. A primeira escolha diz respeito à Curaleaf (CURLF). A companhia trabalha com a produção de produtos farmacêuticos a base de cannabis.  Nos últimos 12 meses, as ações da companhia subiram de US$ 3,05 para US$ 4,05, uma alta de 32,7% na comparação entre o fechamento do pregão do dia 26 de junho de 2023 até 25 de junho de 2024.

A segunda empresa é a Green Thumb Industries (GTBIF), outra que usa a cannabis como um produto medicinal. Vale lembrar que a cannabis é um gênero de plantas de origem asiática. A cannabis sativa, especificamente, é a popular maconha. Nos últimos 12 meses, as ações da Green Thumb Industries subiram 61%, indo de US$ 7,55 para US$ 12,15.

O que esperar do mercado de cannabis e maconha no futuro?

Os dois especialistas entram em consenso quando se trata do futuro do mercado de maconha: ele pode ser volátil e o investidor deve ter cuidado. Corleta comenta que a tendência no mundo ocidental é pela legalização, criando um mercado enorme tanto de consumo da própria erva como de serviços adjacentes e de outros derivados da Cannabis.

“A expectativa é positiva para o mercado, mas os investidores já consideram essa perspectiva boa ao precificar os ativos. Como investimento, cabe apenas numa categoria de alternativos, não devendo passar de 1 a 2% de um portfólio diversificado adequado”, aponta Corleta.

Darwin Ribeiro explica que governos conservadores que tendem a aplicar medidas mais duras e proibicionistas podem trazer volatilidade para os investidores. “Hoje, boa parte das entidades federativas dos EUA permite o uso da maconha para uso recreativo, o que pode ser muito positivo para as empresas que trabalham com a erva. No entanto, é possível que, em algum momento, um novo governante queria proibir, o que pode provocar volatilidade. A maconha ainda é algo novo em termos de consumo legal e isso pode ser contestado e prejudicar os investimentos nesse setor”, explica.

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