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Ibovespa hoje: CVC (CVCB3), Grupo Casas Bahia (BHIA3) e Azul (AZUL4) são os destaques negativos

O índice terminou o dia em baixa de 0,02%, aos 124.196,18 pontos e com volume negociado de R$ 21,5 bilhões

Ibovespa hoje: CVC (CVCB3), Grupo Casas Bahia (BHIA3) e Azul (AZUL4) são os destaques negativos
Painel da B3. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Após seis quedas consecutivas, o Ibovespa hoje subiu 0,02%, aos 124.196,18 pontos, e com volume negociado foi de R$ 21,5 bilhões, quebrando uma sequencia de seis quedas.

O índice permaneceu volátil, com início positivo, mas perdendo força ao longo da manhã, com a combinação de tensões geopolíticas e incertezas quanto ao futuro dos juros nos EUA e no Brasil. O índice também perdeu força conforme Vale, Petrobras e bancos passaram para o campo negativo.

Elcio Cardozo, da Matriz Capital comenta que há uma soma de diversos fatores para explicar os movimentos. “Na minha visão, os dados de inflação e da atividade dos Estados Unidos ainda demonstram sinais de força e, com isso, algumas casas já indicam que é possível que sequer haja corte de juros nos EUA neste ano”.

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Para Alexsandro Nishimura, da Nomos Capital, as entrevistas que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, deram no G20 trouxeram pouca novidade. “Isso coloca cada vez mais em xeque a continuidade do ritmo de queda da Selic, com maior precificação de redução de 0,25 p.p. na reunião de maio”, disse.

O dólar operou em alta, influenciado pelas fortes altas dos treasuries americanos e, em relação aos juros futuros, o movimento foi misto. Na vértice curta, os juros operaram em leve alta, influenciados pela possibilidade de a taxa terminal da Selic ser maior do que a esperada anteriormente pelo mercado. Já os vencimentos mais longos operam em queda, após as intensas altas dos últimos dias.

No noticiário doméstico desta quinta, investidores monitoraram ainda as declaração do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. Segundo informações do Broadcast, o dirigente disse em evento que a decisão sobre a distribuição de dividendos extraordinários da petroleira está nas mãos do Conselho de Administração (CA). Ainda assim, questionado por jornalistas, ele admitiu a possibilidade de que o governo leve uma proposta de pagamento diretamente à assembleia de acionistas do dia 25 de abril, sem que isso passe pelo CA.

Em Nova York, S&P 500, Dow Jones e Nasdaq caíram 0,22%, 0,06% e 0,52%, respectivamente.

As três ações que mais desvalorizaram no dia foram CVC Brasil (CVCB3), Casas Bahia  (BHIA3) e Azul (AZUL4).

CVC (CVCB3): -4,26%, R$ 1,8

As ações da CVC (CVCB3) tiveram um dia de baixa no pregão, encerrando o dia com uma desvalorização de 4,26%, cotadas a R$ 1,80. A empresa vem sofrendo forte pressão vendedora. Este foi o terceiro pregão seguido que o papel é negociado abaixo de R$ 2.

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A CVCB3 está em baixa de 37,93% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 48,57%.

Grupo Casas Bahia (BHIA3): -4,17%, R$ 6,20

As ações tiveram um dia de baixa no pregão, encerrando com uma desvalorização de 4,17%, cotadas a R$ 6,20. Casas Bahia teve uma semana de recuperação, mas na sessão desta quinta devolveu ganhos.

A BHIA3 está em baixa de 8,55% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 45,52%.

Azul (AZUL4): -3,82%, R$ 10,07

A Azul (AZUL4) liderou as perdas do Ibovespa desde cedo, após o BofA rebaixar a recomendação da companhia para underperform (equivalente a venda). O papel recuperou as perdas no final do pregão, mas não o suficiente para figurar entre as três maiores quedas do dia.

A AZUL4 está em baixa de 22,78% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 37,1%.

*Com Estadão Conteúdo