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Empresas da Bolsa em RJ devem o equivalente a 18 vezes o valor de mercado do Magalu (MGLU3)

Somente a Americanas (AMER3) deve o equivalente a 6,46 vezes o valor de mercado do Magazine Luiza (MGLU3)

Empresas da Bolsa em RJ devem o equivalente a 18 vezes o valor de mercado do Magalu (MGLU3)
Fachada do Magazine Luíza (MGLU3). (Foto: Daniel Teixeira/Estadão)

As empresas listadas na Bolsa de Valores que entraram em Recuperação Judicial nos últimos dois anos devem R$ 145,7 bilhões. O número equivale a 18,53 vezes o valor de mercado do Magazine Luiza (MGLU3) no fechamento do pregão desta quinta-feira (20), que foi de R$ 7,86 bilhões. Os dados das dívidas foram levantados pela Quantum Finance, enquanto o valor de mercado do Magalu foi retirado da plataforma Broadcast.

Segundo os dados da Quantum, a Americanas (AMER3) e a Oi (OIBR3) são as empresas em recuperação judicial que mais devem. A varejista tem uma dívida de R$ 50,8 bilhões, enquanto a Oi apresenta um saldo devedor de R$ 50,6 bilhões. Juntas, as empresas devem R$ 101,4 bilhões, o equivalente a 12,9 vezes o valor de mercado do Magazine Luiza.

A Americanas está em recuperação judicial desde janeiro de 2023. O processo foi aprovado por credores e teve aval da Justiça em 25 de fevereiro de 2024.

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Nesta quinta-feira (20), o Instituto Empresa, associação de investidores minoritários, solicitou formalmente ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos e à Securities and Exchange Commission (SEC) que investiguem as fraudes contábeis de R$ 25,2 bilhões da Americanas descobertas em 2023. Em nota, a Americanas disse que desconhece qualquer pedido de investigação sobre fraude contábil na companhia no Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

Já a Oi está na sua segunda recuperação judicial desde março de 2023. A primeira recuperação judicial da Oi foi de 2016 até dezembro de 2022. No primeiro plano, a empresa passou pelo período da pandemia da covid-19, que causou a alta do dólar com um cenário econômico conturbado.

A terceira colocada é a Light (LIGT3). A companhia deve R$ 16,7 bilhões. A elétrica teve seu plano aprovado pela Justiça do Rio de Janeiro na última terça-feira (18). Com isso, a condição de recuperação judicial permanecerá até que sejam cumpridas todas as obrigações previstas no plano que vencerem até, no máximo, dois anos após a concessão da recuperação judicial, independentemente do eventual período de carência.

Segundo informações do Broadcast, o juiz Luiz Alberto Carvalho Alves, da 3ª Vara Empresarial, negou a manutenção do stay period, que suspendia as execuções. Na avaliação dele, o instrumento não seria mais necessário porque as exigências já foram novadas – ou seja, por meio da RJ foi criada uma obrigação nova que extinguiu a anterior. A Light, contudo, pleiteava que elas fossem mantidas.

O levantamento da Quantum mostra ainda outras 20 empresas com os seus respectivos valores de dívida.

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