O Citi elevou o preço-alvo das ações da JBS (JBSS3) de R$ 29 para R$ 36 e manteve a recomendação de compra em relatório divulgado nesta quinta-feira (28). A companhia é citada como a principal escolha do banco no setor de alimentos e bebidas. Para 2024, o Citi prevê uma receita de R$ 378,2 bilhões para a JBS, um aumento de 4,0% em relação ao ano anterior, e um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de R$ 26,1 bilhões, com margem de 6,9%.
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A diversificação da JBS é destacada como um fator crucial para seu desempenho. O relatório aponta que todas as unidades de negócios, exceto a de carne bovina nos Estados Unidos, devem apresentar melhorias sequenciais. Isso será impulsionado principalmente pela Pilgrim’s Pride Corporation e pela Seara, beneficiadas por um ciclo favorável de aves, com custos menores devido à baixa nos preços dos grãos e uma oferta racional de animais, resultado de gargalos na incubação de ovos e aumento da mortalidade provocada por mudanças genéticas.
O ciclo de gado nos EUA deverá resultar em margens praticamente estáveis em relação ao ano anterior, enquanto Brasil e Austrália devem se beneficiar da elevada oferta de gado. A JBS também deve se favorecer da conversão cambial, já que a maior parte de suas receitas é em dólares americanos, acelerando assim o processo de desalavancagem, com a empresa alcançando uma alavancagem de 2,5 vezes no fim de 2024.
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No relatório, o Citi ressalta que, em evento recente, o CFO (diretor Financeiro) da JBS, Guilherme Cavalcanti, mencionou que a empresa continua trabalhando para listar suas ações nos EUA. Essa listagem poderia reduzir a diferença de valuation (valor do ativo) entre JBS e Tyson. Além disso, a listagem seria benéfica para futuras aquisições, com a possibilidade de emissões adicionais de ações.
O Citi também aponta um potencial aumento nas exportações de carne suína para a China, diante da investigação antidumping (instrumento de defesa comercial) contra a União Europeia. Em um cenário otimista, isso poderia elevar a participação de importações do Brasil e dos EUA para cerca de 30% cada.