Um dia depois de retomar a marca de US$ 1.800 a onça-troy, o ouro fechou em queda e perdeu novamente esse nível simbólico. O metal precioso foi pressionado hoje pelo dólar, que ao longo do pregão aumentou a valorização contra os principais pares.
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Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro para dezembro encerrou a sessão em baixa de 0,74%, a US$ 1.793,4 a onça-troy.
Quando a divisa dos EUA se fortalece, commodities como os metais ficam mais caras e, portanto, menos atrativas, para que negocia com outras moedas.
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Segundo o estrategista-chefe de investimento global da Ned Davis Research, Tim Hayes, o movimento de hoje do ouro é resultado de uma combinação de fatores: dólar valorizado, alta nos rendimentos dos Treasuries em alguns momentos do pregão, o que também tira a atratividade do metal, e até uma busca maior por risco nos mercados.
Para o analista Daniel Briesemann, do Commerzbank, contudo, o cenário ainda é favorável para a commodity. “O ouro parece estar encontrando apoio no debate contínuo sobre a inflação. Mais e mais observadores do mercado não consideram mais as altas taxas de inflação em ambos os lados do Atlântico como temporárias”, afirma o profissional do banco alemão.
O foco agora, segundo Briesemann, será a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), que sai nesta quinta-feira, 28. Na próxima semana, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) também toma decisão de juros e pode anunciar o tapering, como é chamado o processo de redução gradual das compras de ativos.