O contrato mais líquido do ouro fechou em alta nesta quarta-feira (17), após operar no negativo em boa parte do pregão. Analistas apontam a realização de lucros por investidores no começo do dia. Enquanto isso, a alta inflação nos países desenvolvidos segue no radar das mesas de operação.
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Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para dezembro subiu 0,87%, a US$ 1.870,2 por onça-troy.
Depois de uma forte trajetória, alguns participantes do mercado escolheram recolher os lucros obtidos com as recentes altas, dizem analistas do TD Securities. No entanto, o metal precioso permanece como uma proteção ideal contra os ventos crescentes da estagflação, afirma o banco, uma vez que o cabo-de-guerra entre os efeitos da alta inflação e a precificação do mercado para as elevações de juros pelo Federal Reserve (Fed) não está concluído.
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A Capital Economics, por sua vez, pondera que o ouro é uma proteção efetiva contra a inflação no longo prazo, mas menos confiável no curto. “Acreditamos que avanços modestos nos rendimentos reais americanos serão suficientes para derrubar os preços do ouro”, dizem analistas. A eficácia do metal em horizontes mais curtos depende de como as expectativas de longo prazo para a inflação e a política monetária evoluem, explicam.
Hoje, o dólar operou com volatilidade, mas manteve o movimento de queda à tarde, o que beneficiou o ouro. Quando a moeda americana se desvaloriza, as commodities ficam mais baratas e, portanto, mais atrativas para quem negocia com outras divisas.