Os contratos futuros de cobre fecharam em baixa hoje (1), em sessão na qual o metal destoou de parte importante das commodities. Apesar da redução na cautela ao redor do mundo em virtude da variante ômicron do coronavírus, a postura da China de tolerância zero com casos da doença e uma potencial desaceleração da economia do país pressionam a commodity, que tem no gigante asiático seu maior consumidor.
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Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre com entrega prevista para março recuou 0,76%, a US$ 4,2475 por libra-peso, enquanto a tonelada do metal para três meses na London Metal Exchange (LME) caía 0,74% às 15h26 (de Brasília), a US$ 9.372,50.
Na última noite, o índice de gerentes de compras (PMI na sigla em inglês) industrial da China caiu de 50,6 em outubro para 49,9 em novembro, segundo pesquisa da IHS Markit em parceria com a Caixin Media. A leitura abaixo da marca de 50 sugere que o setor manufatureiro chinês voltou a se contrair, ainda que levemente.
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Na visão do TD Securities, “obviamente, a política de Covid Zero da China continua sendo um risco significativo para as perspectivas de demanda”. Segundo o banco de investimentos, seu medidor para crescimento da demanda por commodities está caindo.
A Capital Economics reforça sua previsão de que o crescimento lento na China leve a uma queda de 10-15% nos preços do cobre no próximo ano. Por sua vez, levando em conta um prazo maior, o Barclays vê um cenário positivo para o metal em virtude da transição verde. “Estima-se que a transição global exigirá US$ 6 a 10 trilhões em investimentos em tecnologias de energia alternativa na próxima década”, aponta, lembrando que o cobre pode ser um dos grandes beneficiários.
Entre outros metais negociados na LME, no horário citado, a tonelada do alumínio subia 1,05%, a US$ 2.652,50, a do níquel tinha alta de 0,07%, a US$ 19.910,00, a do chumbo ganhava 0,31%, a US$ 2.282,50, a do zinco cedia 1,02%, a US$ 3.168,00, e a do estanho subia 0,67%, a US$ 39.280,00.