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Dólar ganha força após dados dos EUA e volta a se aproximar de R$ 5,70

Às 11h34 (de Brasília), o dólar à vista avançava 0,43%, a 5,6927 reais na venda

Dólar ganha força após dados dos EUA e volta a se aproximar de R$ 5,70
Foto: Pixabay

O dólar subia ante o real nesta quinta-feira (23), abandonando a queda de mais cedo, com uma tomada de fôlego da moeda norte-americana no exterior após dados de inflação referendarem apostas de alta de juros nos EUA em 2022.

Às 11h34 (de Brasília), o dólar à vista avançava 0,43%, a 5,6927 reais na venda. Na máxima, alcançada há pouco, a cotação foi a 5,6957 reais, alta de 0,48%. Mais cedo, chegou a cair 0,74%, a 5,6267 reais.

Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,63%, a 5,6980 reais, após recuar 0,47% mais cedo.

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“Os dados econômicos dos EUA de hoje vieram como esperado, exceto por um, e é o que importa… O (núcleo do) PCE (de novembro) veio mais forte que o esperado” (4,7% contra 4,5%, e acima de 4,2% antes), comentou Mohamed A. El-Erian, conselheiro na Allianz e na gestora Gramercy.

O índice PCE é a medida preferida do banco central dos Estados Unidos (Fed) para acompanhar a evolução da inflação no país, que em 12 meses segue acima da meta do Fed e levou o banco central norte-americano recentemente a indicar alta da taxa de juros em 2022.

Juros mais altos nos EUA criam reveses a mercados emergentes, que podem perder fluxos de recursos para a segurança dos mercados norte-americanos –o que por sua vez tende a valorizar o dólar.

O índice do dólar contra uma cesta de rivais subia 0,15%, nas máximas da sessão.

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Por aqui, a menor liquidez também colabora para movimentos mais dilatados na taxa de câmbio. Para o dólar futuro de primeiro vencimento menos de 78 mil contratos foram negociados até 11h35, volume considerado baixo. Na véspera, o mercado de dólar futuro movimentou 190.380 contratos, 23% abaixo da média dos últimos dois meses.

As trocas de sinal no câmbio refletem a volatilidade que marcou 2021 e que pelos indicativos deve seguir em 2022. Além da virada na política monetária global, o mercado vai ter de lidar ainda com os ânimos pré-eleição no Brasil.

“Desde o surgimento de Lula como um potencial candidato presidencial, a polarização aumentou. Catalisadores para um rali (dos mercados domésticos) estariam associados ao surgimento de uma terceira via ou a Lula voltando-se para uma retórica mais favorável ao mercado, bem como uma solução clara para as pressões de gastos”, disse o Bank of America em nota.

O BofA calcula que o dólar chegará a 5,80 reais ao fim de setembro, mês que antecede as eleições, antes de fechar o ano em 5,70 reais.

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