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- O fundo começou 2021 com R$ 3,3 bilhões, mas na semana passada, no dia 6, o patrimônio da carteira chegou a cair para R$ 788 milhões, uma desvalorização de 76% em 12 meses, segundo dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O Banco Inter é o principal ativo da carteira, que só tem um cotista
(Altamiro Silva Junior) – A forte venda de ações do Banco Inter pelo fundo Ponta Sul, a carteira gerida por Flávio Gondim, o “Monstro do Leblon”, na semana passada, fez a participação do fundo no banco digital cair de forma significativa. Baixou dos 12% no fechamento de 2021 para 7,37% conforme informou o Inter na noite da terça-feira (11).
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Só de “units”, o fundo tinha 93 milhões de ações do Banco Inter, mas na semana passada, em leilão na B3 que movimentou quase R$ 800 milhões, vendeu 30 milhões. O fundo opera ainda de forma alavancada, com opções e termos do papel do banco digital, e também tem papéis preferenciais do banco.
Com o mercado em baixa e a queda dos papéis do Inter, que recua 40% em 12 meses, e 11,5% só em janeiro, o “Monstro do Leblon” foi forçado a vender os papéis para estancar as perdas da carteira.
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O fundo começou 2021 com R$ 3,3 bilhões, mas na semana passada, no dia 6, o patrimônio da carteira chegou a cair para R$ 788 milhões, uma desvalorização de 76% em 12 meses, segundo dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O Banco Inter é o principal ativo da carteira, que só tem um cotista.
Fontes do mercado contam que o Ponta Sul vendeu ações do Inter, além da oferta no leilão, na quarta-feira, também no dia anterior quando o volume de negócios do banco digital na B3 duplicou em relação ao dia anterior, para R$ 415 milhões. Como ressalta um gestor de multimercado, o fundo foi operar alavancado com o mercado em baixa e precisou fazer o ‘stop loss’.
Junto com o japonês Softbank, com 15%, o Ponta Sul era um dos maiores investidores minoritários do Inter e tinha 304 milhões de papéis (11,8%). No comunicado divulgado na noite de hoje, o Inter informa que a Ponta Sul, ao vender os papéis, “tem por objetivo a mera realização de operações financeiras”.