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Inversa vê risco de governança em follow on da BRF (BRFS3)

Não é a primeira vez que a casa chama a atenção para a governança do empresa. Entenda o caso

Inversa vê risco de governança em follow on da BRF (BRFS3)
Foto: REUTERS/Rodolfo Buhrer/File Photo
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  • O frigorífico BRF (BRFS3) levantou R$ 5,4 bilhões em uma oferta pública (follow on) de 270 milhões de ações feita na última terça-feira (1)
  • O principal acionista da companhia é a outra gigante do setor Marfrig (MRFG3), frigorífico do empresário Marcos Molina que detém 31,66% do capital e participou do follow on
  • Apesar de ter se comprometido a apenas manter a participação que já detém na empresa, a Inversa ainda tem dúvidas sobre a motivação da oferta

O frigorífico BRF (BRFS3) levantou R$ 5,4 bilhões em uma oferta pública (follow on) de 270 milhões de ações feita na última terça-feira (1). Cada ação saiu a R$ 20, com um desconto de 7,5% em relação ao fechamento de ontem. Para a casa de análises Inversa Publicações, porém, há riscos de governança na operação.

O principal acionista da companhia é a outra gigante do setor Marfrig (MRFG3), frigorífico do empresário Marcos Molina que detém 31,66% do capital e participou do follow on. Apesar de ter se comprometido a apenas manter a participação que já detém na empresa, a Inversa ainda tem dúvidas sobre a motivação da oferta.

“O desejo da Marfrig de uma fusão das duas empresas é evidente, porém ainda não está claro como a empresa procederá com essa estratégia, mas ainda acreditamos que o follow-on faça parte dela, visto o timing da oferta a preços tão depreciados”, afirma Nícolas Merola, em relatório.

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Não é a primeira vez que a casa chama a atenção para a governança do empresa. Em 19 de janeiro, a Inversa soltou outro relatório em que apontava uma suposta brecha no estatuto da BRF que facilitaria a aquisição total da companhia por um de seus acionistas majoritários, sem que a poison pill fosse ativada.

A poison pill (pílula de veneno) é uma cláusula de proteção aos acionistas minoritários. No caso da BRF, ela determina que se um majoritário ultrapassar os 33,33% de participação, ele será obrigada a lançar uma oferta pública de ações para adquirir o restante dos papéis com um prêmio de 40% sobre a cotação média dos dias anteriores.

No entanto, se um dos acionistas ultrapassar essa margem durante um aumento de capital, como ocorreu esta semana, essa cláusula não seria ativada. Na carteira Top Trades, a Inversa recomenda uma posição short (vendida) nos papéis da BRF.

No pregão desta quarta-feira (02), a BRFS3 fechou as negociações em queda de 7,77%, aos R$ 19,95.

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A reportagem procurou a BRF, mas não recebeu retorno até o horário desta publicação.

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