As ações do Banco do Brasil disparavam mais de 5% nesta terça-feira, depois da publicação de resultados do quarto trimestre acima do esperado pelo mercado e da divulgação de metas ambiciosas para este ano.
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O banco apurou uma alta de 60,5% no lucro recorrente do quarto trimestre sobre o mesmo período do ano anterior, para 5,9 bilhões de reais, superando média de previsões de analistas compilada pela Refinitiv, de 4,81 bilhões. O desempenho veio principalmente com menores provisões para inadimplência.
O banco estima lucro líquido para 2022 de entre 23 bilhões e 26 bilhões de reais, com expectativa de manter sob controle a qualidade dos ativos e os custos. A receita com tarifas deve crescer em ritmo mais acelerado, apesar da competição ferrenha com fintechs, projeta o Banco do Brasil (BB).
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Muitos analistas afirmaram em relatórios nesta terça-feira que depois do resultado do quarto trimestre e das projeções para 2022, que mostram expectativa de alta de cerca de 24% no lucro este ano, a ação do banco está barata.
“O valuation está excessivamente descontado, mais ainda quando se considera o ponto médio da estimativa, de 24,5 bilhões de reais”, escreveram analistas do Credit Suisse.
Isso coloca o múltiplo preço/lucro do BB em apenas 3,9 vezes, afirmaram os analistas do Credit Suisse. Enquanto isso, segundo a Refinitiv, os múltiplos dos rivais privados Itaú Unibanco e Bradesco são negociados a 8,7 e 6,9 vezes.
O presidente-executivo do BB, Fausto Ribeiro, afirmou a jornalistas que o banco vai continuar a reduzir a diferença de rentabilidade que o separa dos rivais privados.
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Ribeiro disse que o BB vai se concentrar em reprecificar taxas de juros para equiparar com o aumento de custo de captação de recursos, bem com da Selic.