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Cobre cai 6% na semana, devolvendo parte de ganhos recentes por guerra

Metal fechou em queda nesta sexta-feira

Cobre cai 6% na semana, devolvendo parte de ganhos recentes por guerra
Resultado do cobre na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). Foto: Envato Elements

O cobre voltou a fechar em baixa nesta sexta-feira e acumulou recuo de mais de 6% esta semana, devolvendo parte dos fortes ganhos recentes que seguiram a invasão da Rússia à Ucrânia. Embora ainda haja riscos à oferta global de metais básicos, os contratos perderam força em meio a sinalizações de que pode ocorrer um acordo para chegar a uma solução diplomática ao conflito no Leste Europeu.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre com entrega prevista para maio recuou 0,58% hoje e 6,32% na semana, a US$ 4,6255 por libra peso. Na London Metal Exchange (LME), a tonelada do cobre para três meses recuava 0,31%, a US$ 10.098,50, por volta de 15h30 (de Brasília).

Apesar de vagas e pouco assertivas, sinalizações do presidente da Rússia, Vladimir Putin, sobre progresso nas tratativas entre representantes russos e ucranianos retiraram parte das preocupações quanto ao aperto da oferta global de metais industriais ao longo da sessão. O ministro de Relações Exteriores da Ucrânia, Dmitry Kuleba, porém, relatou o contrário, e os EUA alertaram para uma escalada do conflito por parte dos russos.

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Para o TD Securities, as últimas sessões mostraram a “poeira baixando” nos mercados de commodities industriais após uma “frenesi” nas duas semanas passadas. O banco canadense, no entanto, não vê uma mudança significativa nos fundamentos.

“Os riscos de fornecimento comuns ao complexo de metais até agora têm sido amplamente associados aos temores de um embargo à Rússia e, de outra forma, permanecem vinculados à logística, pois o metal segue preso nos portos como resultado de interrupções no transporte”, diz a instituição, em relatório enviado hoje.

A Capital Economics vai em linha parecida, destacando o impacto que os altos custos de energia devem ter sobre os metais. “O alto custo da energia continuará a sustentar os preços dos metais devido à natureza intensiva em energia do refino. Se os preços de energia continuarem subindo e o racionamento de energia for introduzido, esperamos que as refinarias de metal sejam forçadas a cortar a produção, sufocando ainda mais a oferta”, aponta a consultoria.

Entre outros metais negociados na LME, no horário citado, a tonelada do alumínio subia 2,34%, a US$ 3.479,50, a do chumbo cedia 2,77%, a US$ 2.300,00, a do estanho aumentava 0,66%, a US$ 44.250,00, e a do zinco caía 0,07%, a US$ 3.827,50. O contrato futuro do níquel segue com negociações suspensas em Londres.

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