Apesar do PMI Composto que engloba setores industrial e de serviços da zona do euro ter atingido o maior nível em 7 meses ao subir para 55,8 em abril (ante 54,9 em março), os mercados europeus encerraram o dia com fortes quedas, com destaque para o DAX da Alemanha que recuou 2,5%. As quedas nos índices europeus refletem uma maior cautela dos investidores por conta da aproximação da reunião de política monetária do Fed, em maio, e de pronunciamentos de autoridades monetárias nos EUA e na Europa.
Pela manhã, a presidente do BCE, Christine Lagarde, declarou que as tensões geopolíticas causadas pela guerra Rússia-Ucrânia trazem questões importantes para o comércio global e enfatizou a dependência da zona do euro com a Rússia para alguns itens como gás. J
unto de Lagarde, Janet Yellen, secretaria do Tesouro norte-americano, afirmou que a inflação “seguirá conosco por mais tempo”, e minimizou o risco de uma recessão nos EUA, embora destacando que a guerra no leste europeu e novas restrições de mobilidade na China por conta do covid-19 são riscos para o andamento da economia mundial. Assim, as principais bolsas de NY operavam no negativo nesta tarde.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
Com o cenário no exterior pressionando, o Ibovespa também recuou ao longo do dia. Por aqui, tensões políticas e um cenário fiscal desafiador se somam ao posicionamento mais contracionista nas declarações das autoridades do Fed e BCE. Assim, às 14h10 o Ibovespa tinha queda de 2,26% cotado aos 111.759 pontos. Com os mercados avessos ao risco na sessão de hoje, o dólar voltou a se fortalecer e apresentava alta consistente e subia cerca de 3,6% durante à tarde, voltando a negociar próximo aos R$ 4,80.