Os contratos futuros de cobre ficaram sem direção única nesta terça-feira, na volta do feriado no Reino Unido, que suspendeu as operações de metais em Londres ontem. As cotações na capital britânica se ajustaram às fortes perdas registradas em Nova York ontem, mas a queda no dólar no exterior ajudou a aliviar parte da queda.
Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre para julho fechou a sessão em alta de 0,35%, a US$ 4,2830 a libra-peso. Por outro lado, na London Metal Exchange (LME), o cobre para três meses recuava 2,53%, a US$ 9.468,00 a tonelada, por volta das 14h20 (de Brasília).
Depois da firme desvalorização das véspera, as cotações em Nova York ensaiaram recuperação hoje, com apoio de um dólar mais fraco. A moeda americana vem de uma sequência de altas acentuadas, o que tende a impor pressão sobre commodities, ao torná-las mais caras para detentores de outras divisas.
O enfraquecimento do cobre também responde a incertezas sobre a economia da China, maior consumidor global do ativo, em meio a medidas de restrições para conter o surtos de coronavírus.
Apesar disso, o Grupo Internacional de Estudo sobre Cobre (ICSG, na sigla em inglês) concluiu hoje que a demanda global pela commodity refinada deve subir 1,9% este ano, a 25,7 milhões de toneladas, com novo aumento a 26,4 milhões de toneladas em 2023. O consumo será contido pela situação na China e a guerra na Ucrânia, segundo o ICSG.
O grupo também projeta alta de 5% na produção em 2022, a 22,7 milhões de toneladas, e de mais 5% em 2023, a 24,4 milhões. “Os projetos de infraestrutura nos principais países e a tendência global de energia mais limpa e carros elétricos continuarão a apoiar a demanda de cobre a longo prazo”, avaliou.
Entre outros metais negociados na LME, no horário citado acima, a tonelada de alumínio caía 2,75%, a US$ 2.930,00; a do chumbo perdia 0,20%, a US$ 2.273,50; a do níquel baixava 3,16%, a US$ 30.980,00; a do estanho recuava 0,46%, a US$ 40400,00; e a do zinco perdia 3,56%, a US$ 3.902,00.