A quinta-feira foi marcada por um movimento de aversão ao risco tanto no exterior como no Brasil com
quedas dos principais índices acionários, valorização do dólar e elevação dos juros em diversas
economias. O quadro é negativo de forma geral e ocorre em um cenário de piora da situação geopolítica,
temores de continuidade da inflação e os riscos de uma desaceleração da economia mundial.
Toda esta conjuntura foi confirmada pelos bancos centrais nos EUA, Reino Unido e Brasil que promoveram ajustes em suas políticas monetárias. Assim, as bolsas americanas encerraram com fortes perdas, com destaque para o índice Nasdaq que fechou com recuo de 5%, um dia após a decisão do Fed e com balanços recentes que desagradaram como no setor de e-commerce. Em termos de commodities, os contratos futuros do petróleo subiram hoje, impulsionados pela decisão da OPEP+ de elevar a produção da commodity em 432 mil barris por dia em junho.
No Brasil, um dia após o Copom elevar a Selic para 12,75% a.a. e indicar que o ciclo de aperto vai prosseguir, o Ibovespa chegou a cair 4% no pior momento, mas esboçou uma recuperação ao final do pregão e encerrou o dia com queda de 2,81%, aos 105.304 pontos e giro financeiro de R$ 35,7 bilhões.
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Além das preocupações com inflação e juros, as questões fiscais principalmente relacionadas ao cumprimento do teto dos gastos também foram debatidas ao longo do dia. Os juros futuros subiram nos vencimentos curtos e intermediários, à espera de novo aumento de juros em junho.
O dólar vs. real, por sua vez, encerrou com alta de 2,3%, cotado a R$ 5,02. Com relação aos setores,
o varejo foi um dos mais penalizados no dia, após o tom mais duro do Copom ontem. Na agenda desta
sexta-feira, destaque para a divulgação dos dados do mercado de trabalho nos EUA (relatório Payroll).