Os contratos futuros do petróleo fecharam sem sinal único nesta segunda-feira, após uma sessão sem driver único. A commodity chegou a avançar diante de expectativas de alívios de restrições na China e de maior demanda por gasolina nos Estados Unidos, mas perdeu fôlego com temores sobre o crescimento econômico global e impasse na União Europeia sobre embargo ao petróleo russo.
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O petróleo WTI para junho fechou estável (US$ 0,01), a US$ 110,29 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), enquanto o Brent para o mesmo mês avançou 0,77% (US$0,87), a US$ 113,42 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
Os ativos da commodity se apoiaram, ainda que parcialmente, nas expectativas de recuperação da demanda chinesa. Depois de semanas de lockdown para controlar o avanço da covid-19, algumas das maiores cidades do país devem reabrir a partir de 1º de junho.
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O enfraquecimento do dólar ante rivais nesta sessão também sustentou o preço do petróleo, uma vez que o torna mais barato para detentores de outras moedas. A temporada de verão e a suposição de que as refinarias precisarão lidar com quantidades recordes de petróleo bruto para atender à demanda pós bloqueio da covid-19 apoiaram os preços, disse Robert Yawger, diretor para futuros de energias na Mizuho.
Por outro lado, existem preocupações de que preços mais altos de combustíveis irão afetar o crescimento econômico ao redor do globo. Hoje, o Bank of America reduziu a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA para 2022 e 2023, por exemplo. Sinalização de alta de juros pelo Federal Reserve (Fed) e Banco Central Europeu (BCE) também estão no radar.
Quanto à guerra da Rússia na Ucrânia, a União Europeia segue sem solução para a proibição de importação do petróleo russo. De acordo com fontes à Bloomberg, sem acordo com a Hungria, qualquer progresso nas negociações deve ficar somente para o mês que vem. Neste fim de semana, o chanceler alemão, Olaf Scholz, visitou o Senegal em busca de contrato de gás.