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Metais: ouro fecha em baixa, pressionado por dólar e alta nos juros

Commerzbank avalia que o ouro está enfrentando ventos contrários de um dólar mais firme

Metais: ouro fecha em baixa, pressionado por dólar e alta nos juros
Foto: Evanto Elements

Por Matheus Andrade – O contrato mais líquido do ouro fechou em baixa hoje, em sessão na qual é pressionado pela alta do dólar, moeda na qual o metal é cotado. Além disso, o avanço dos rendimentos dos Treasuries também enfraquece o ouro, uma vez que os ativos competem entre si como portos-seguro. Neste cenário, declarações de dirigente do Federal Reserve (Fed) seguem sendo observadas com atenção por investidores.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega marcada para agosto encerrou a sessão com queda de 0,48%, a US$ 1.848,40 a onça-troy.

Para o Commerzbank, o ouro está enfrentando ventos contrários de um dólar mais firme e o aumento significativo dos rendimentos dos Treasuries. O diretor do Fed Christopher Waller se pronunciou ontem a favor de uma série de aumentos de 50 pontos base nas taxas de juros do país, o que ele acredita que deve continuar até que a inflação caia mais perto da meta de 2%, lembra o banco alemão.

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Em resposta, as expectativas de aumento das taxas refletidas nos Fed Fund Futures também aumentaram novamente, aponta.

Nos fluxos comerciais, o Commerzbank indica que dados suíços apontam que o país exportou um pouco mais de ouro para a China e a Índia em abril do que em março. Mesmo assim, os envios permaneceram em níveis baixos em termos absolutos, em torno de 16 toneladas (China) e 9 toneladas (Índia), aponta.

“Fases de preços altos em moedas locais e os bloqueios por coronavírus na China foram provavelmente os principais motivos da baixa demanda de ouro nesses dois países”, avalia o banco alemão, indicando que o ouro, assim estava sem apoio da demanda.

O Commerzbank destaca ainda o avanço do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro em maio, divulgado hoje. A alta de 8,1% na comparação anual foi a maior da história da região, e ficou acima da expectativa de analistas.

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Para o banco alemão, uma taxa de inflação tão alta pode reacender o debate sobre se o Banco Central Europeu (BCE) deve aumentar as taxas de juros de forma mais rápida ou acentuada. “Os pedidos de uma alta de 50 pontos base na reunião de julho podem se tornar mais altos, caso em que o ouro pode ficar sob pressão”, aponta.

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