Por Sergio Caldas – As bolsas europeias operam em alta na manhã desta segunda-feira, tentando se recuperar de perdas da semana passada, que foi marcada por temores sobre o impacto do aperto de políticas monetárias na economia global.
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Por volta das 6h45 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 tinha leve avanço de 0,20%, a 404,07 pontos, depois se sofrer expressiva queda de 4,6% na última semana.
Investidores seguem atentos aos rumos da política monetária global. Na madrugada de hoje, o banco central chinês optou por manter seus principais juros inalterados, seguindo direção contrária dos EUA, do Reino Unido e da Suíça, que recentemente elevaram seus juros numa tentativa de combater a disparada da inflação que veio na esteira da pandemia de covid-19 e se agravou com a guerra na Ucrânia.
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A maior preocupação é com os EUA, que, segundo analistas, podem entrar em recessão no próximo ano em meio ao agressivo aperto de sua política monetária. Na última quarta-feira (15), o Federal Reserve aumentou seu juro básico em 75 pontos-base, no maior ajuste da taxa desde 1994.
A perspectiva de uma recessão levou tanto o Dow Jones quanto o S&P 500 a registrarem suas maiores quedas semanais em Wall Street na última semana. Hoje, os mercados de Nova York não vão operar devido a um feriado nos EUA.
E a inflação não dá sinais de arrefecimento. Na Alemanha, a taxa anual de inflação ao produtor (PPI) atingiu a máxima histórica de 33,6% em maio, segundo dados publicados hoje. Na zona do euro como um todo, a inflação ao consumidor (CPI) também está em patamar recorde, pressionando o Banco Central Europeu (BCE) a seguir com planos de começar a elevar juros a partir de julho. Vários dirigentes do BCE falam em eventos nesta segunda, incluindo sua presidente, Christine Lagarde.
Às 6h58 (de Brasília), a Bolsa de Londres subia 0,70% e a de Frankfurt avançava 0,23%, enquanto a de Paris se mantinha estável, após a coalizão política do presidente da França, Emmanuel Macron, perder sua maioria parlamentar em eleições no fim de semana. Já as de Milão, Madri e Lisboa tinham ganhos de 0,37%, 0,82% e 1,02%, respectivamente.
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*Com informações da Dow Jones Newswires